PPGLe promove seminário sobre variação linguística e ensino em contextos regionais

Aconteceu, na última quinta-feira, 26 de junho, o 6º Seminário de Sociolinguística, promovido pela sexta turma do Mestrado em Letras da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL). A atividade fez parte da disciplina Sociolinguística e Ensino e reuniu estudantes, professores, pesquisadores e profissionais da área de diferentes instituições do país.

Com o tema Sociolinguística em ação: práticas pedagógicas, vozes identitárias, variadas línguas em contexto regional”, o evento teve como objetivo promover o diálogo entre Sociolinguística, Educação e Ensino, a partir de experiências de ensino da língua materna em contextos diversos. A programação contou com palestras, mesa-redonda, minicursos e apresentações de trabalhos acadêmicos.

A estudante de Letras Língua Portuguesa e Literaturas, Aline de Jesus Conceição França, destacou a importância do seminário na formação de futuros professores. “Participar do GT do Seminário de Sociolinguística, foi muito importante para deixar mais claro o quão relevante é a noção, a experiência e o entendimento de variação linguística no processo de aprendizado da língua portuguesa. É uma área que precisa ser muito trabalhada, principalmente no livro didático, na consciência dos professores e em sala de aula”, pontuou.

A mestranda Romília Feitosa avaliou o seminário como um espaço de reflexão crítica sobre o ensino de Língua Portuguesa e a valorização dos falares populares. “O evento é de grande relevância, visto que além de mostrar formas de ensino inclusivo, concernente aos falares estigmatizados pela escola, traz uma reflexão em torno dessa exclusão, desvalorização e estigmatização dos falares dos alunos oriundos das camadas populares, que não está relacionado estritamente à língua, mas à classe social da qual o falante faz parte.”

Ela também reforçou o impacto da discussão em sua trajetória como futura professora. “Com certeza, quando eu for atuar em sala de aula, seja na Educação Básica ou Ensino Superior, minha consciência sociolinguística permanecerá, a de que o falante da língua deve ser um poliglota da sua própria língua, deve sim saber utilizar as variedades cultas do seu idioma, mas jamais abandonar sua fala de origem, ela quem diz o que ele é e de onde veio.”

A professora Maria da Guia, vice-coordenadora do PPGLe e docente da disciplina de Sociolinguística e Ensino, destacou o alcance da iniciativa. “Esta edição do Seminário foi muito significativa, tanto pela qualidade das discussões quanto pelo alcance que tivemos. Contamos com a participação de estudantes de diversas instituições do Brasil, o que demonstra o interesse e a importância do tema em diferentes contextos educacionais. Fico feliz em ver que conseguimos promover um espaço de diálogo e reflexão sobre questões tão urgentes no ensino de Língua Portuguesa”, destacou.

Com discussões que articularam teoria, prática e vivências em sala de aula, o 6º Seminário de Sociolinguística provocou reflexões sobre a diversidade linguística e os desafios do ensino de Língua Portuguesa. A atividade reafirma a importância de espaços acadêmicos comprometidos com uma educação sensível às realidades socioculturais dos falantes.

 

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